Trabalho em casa: home office pode aumentar a produtividade e reduzir custo

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A prática de permitir que funcionários trabalhem remotamente cresceu nas empresas brasileiras. Saiba como implantar a tendência em seu negócio

Há cinco meses, a paulista Renata Santana, de 28 anos, mudou a sua rotina. A jovem está cuidando mais da saúde. Passou a ter algumas horas a mais de sono e começou a fazer exercícios em uma academia. Ela também trocou as refeições em um shopping por comida caseira, que ela mesma prepara.

Após o almoço, Renata reserva alguns minutos para leitura. Recém-casada, também dispõe de mais tempo para as tarefas do lar.

Mas não se engane. Renata não está vivendo um período sabático ou curtindo as férias.  Ela continua trabalhando oito horas por dia, escrevendo e revisando manuais dos softwares da Totvs, empresa de tecnologia.

“Faço em casa o mesmo trabalho que fazia no escritório”, afirma ela. “Mas tenho mais tempo para cuidar de mim e não me estresso ao perder horas no trânsito para ir e voltar do trabalho todos os dias.”

A jovem é uma entre cem funcionários da Totvs que participam de um programa para trabalhar de casa. A quantidade de idas ao escritório depende da função do profissional. No caso de Renata, são duas semanas em casa e duas na empresa.

“Há uma tendência crescente por novas formas de trabalho devido dificuldades de mobilidade urbana e apreço por qualidade de vida”, afirma Daniela Cabral, gestora de RH da TOTVS.

Em vigor há mais de um ano, o programa da Totvs gerou resultados relevantes. O custo mensal com funcionários caiu 30%. A produtividade dos empregados cresceu na mesma taxa.

Trimestralmente, a empresa faz uma pesquisa para medir a satisfação do pessoal. Até agora, ninguém quis voltar ao regime tradicional. “Com ajuda de tecnologias de comunição e gestão de trabalho, a flexibilização é cada vez mais viável”, afirma Daniela.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Robert Half, que ouviu 1675 gestores de RH de 12 países, apontou que 44% das empresas brasileiras ampliaram a possibilidade de trabalho remoto nos últimos três anos, ante 29% da média mundial.

De acordo com Álvaro Mello, presidente da Sociedade Brasileira de teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), há diferentes razões que explicam o crescimento da tendência. Além das novas tecnologias, preocupação com o meio ambiente, mudanças de comportamento e alterações demográficas também ajudaram na propagação do home office.

COMO IMPLANTAR O HOME OFFICE 

Um dos primeiros passos é definir quais profissionais podem participar do programa. Geralmente, são aqueles que atuam em funções que não requer presença diária na empresa e trabalham conectados via internet.

São, por exemplo, programadores, contadores, atendentes de suporte técnico, produtores de conteúdo e vendedores, que passam grande parte do tempo na rua e precisam gerar relatórios diários ou semanais.

Durante a fase de seleção, os gestores de cada área podem indicar os funcionários mais autodisciplinados e os que possuem maior senso de responsabilidade – aqueles que trabalham bem sem necessidade de supervisão rigorosa.

Também é indicado estabelecer critérios técnicos. Em abril deste ano, o Banco do Brasil lançou um projeto piloto de home office para os funcionários da área de tecnologia.

“O funcionário precisa ter em sua residência um espaço exclusivo para trabalhar, com equipamentos, mobília, iluminação e temperatura adequados”, afirma Aramis Sá de Andrade, gerente geral de tecnologia do Banco do Brasil.

A instituição também fez entrevistas com os interessados. Uma das perguntas era se o haveria risco de interrupções no trabalho por causa de familiares. “Um técnico de segurança do trabalho vistoria a residência para ajudar no aval final”, diz Aramis.

Os selecionados receberam um treinamento sobre os direitos e deveres de trabalhar em casa. Entre as regras está a jornada fixa de trabalho (das 8h às 14h15, com marcação de ponto online) e a obrigação de aumentar a produtividade em no mínimo 15%. Atualmente, 50 funcionários participam do programa.

O projeto ajudou a reduzir o custo com infraestrutura nas centrais de trabalho em 17%. “Até o final do ano haverá 150 funcionários nesse regime”, afirma Aramis. “Outras áreas da instituição já estão estudando aplicar o modelo.”

CUIDADOS LEGAIS 

Segundo a CLT, o empregado que trabalha em casa deve contar com os mesmos direitos do que os que atuam na empresa. Mas há alguns pontos que o empreendedor deve prestar atenção.

“O controle da jornada de trabalho é um deles”, afirma Carlos Eduardo Morais, advogado do escritório Trench, Rossi e Watanabe. A recomendação é que o funcionário sempre realize a marcação de ponto por meio de sistema online ou manual.

Também é indicado que ele preencha semanalmente um relatório sobre as atividades desempenhadas e o tempo gasto em cada tarefa.

É recomendado que a empresa ajude o empregado a custear uma possível alta nos gastos com internet, telefone e energia elétrica de sua residência.

O monitoramento do trabalho também deve ser cuidadoso. Há empresas que possuem acesso aos equipamentos usados pelos funcionários. “Mas se o equipamento for do próprio empregado, a empresa não pode acessar, por exemplo, a conta de email pessoal e demais arquivos íntimos”, diz o advogado.

Também é importante que criar um termo aditivo que detalhe as condições do home office, que deve ser anexado ao contrato de trabalho.

AMENIZANDO AS DESVANTAGENS 

De acordo com pesquisa realizada pela Steelcase, especializada em mobiliário corporativo, 70% dos profissionais reclamam que a distância do escritório e dos colegas prejudica a execução das tarefas.

Para amenizar essa queixa, é indicado que a o funcionário alterne o trabalho de casa com atividades na empresa.

O funcionário pode ter sua presença na empresa planejada previamente para desempenhar atividades que favoreça sua autoexposição, sociabilidade, contato com a cultura da empresa e contribuição com outras áreas.

“O convívio produtivo é uma boa forma de não deixar que ele se sinta esquecido ou em desvantagem em momentos de promoções e aprendizados”, afirma Sidney Frattini, consultor master da Etalent.

Fonte: DIÁRIO DO COMERCIO

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